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Atualidades

Vazamento de resíduos industriais contamina Rio Caeté no nordeste paraense

Após denúncia feita por moradores, fiscais do Estado foram ao local, constataram o problema e emitiram quatro autos de infração

Os fiscais constataram fissura no tanque de resíduos do processo industrial, com cerca de 150 toneladasEquipes de Fiscalização e Licenciamento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) vistoriaram as dependências da empresa Mejer Agroflorestal, óleos e gorduras vegetais, na segunda-feira (5). No local foi constatada fissura no tanque de efluentes (resíduos do processo industrial), com cerca de 150 toneladas, que teria rompido na solda entre as chapas de aço da parede do tanque. Essa falha teria provocado o vazamento de parte dos resíduos do processo industrial para o Rio Caeté, no município de Bonito, nordeste paraense.

A empresa fez o procedimento de contenção do vazamento, ligando a bomba para retirar parte do líquido que estava vazando e com areia para frear o fluxo - trabalho acompanhado pela equipe da Semas. "Nós notificamos a empresa a apresentar, por meio de ofício, todo o descritivo do ocorrido, para comparar com o que foi falado pela empresa e o que nós visualizamos. Posteriormente, vamos fazer um relatório técnico de vistoria baseado na ação", informou o diretor de Licenciamento Ambiental da Semas, Marcelo Moreno.

Os fiscais emitiram quatro autos de infração, que podem gerar multas (calculadas ao final das análises) pela não comunicação do incidente, pelo vazamento de efluentes industriais, vazamento de efluentes domésticos e lançamento de partículas no ar, provocado pelas caldeiras que emitem fumaça escura intensamente pelas chaminés.

Equipes da Semas vistoriaram as dependências da empresa Mejer Agroflorestal, óleos e gorduras vegetaisDenúncia de moradores - O vazamento de resíduos do processo industrial da fabricação de óleo de palma teria ocorrido na última quinta-feira (1º). No sábado (3), a população estranhou a turbidez da água do Rio Caeté e encontrou peixes mortos nas margens. Os moradores fecharam as estradas de acesso à indústria e fizeram denúncias à Delegacia de Meio Ambiente, da Polícia Civil.

As equipes de fiscalização da Semas foram comunicadas e permanecem no local nesta terça-feira (6), para acompanhar a situação e verificar outro projeto de ampliação de atividades da mesma empresa. A Semas já havia notificado a empresa no último dia 28 de agosto, solicitando mais informações sobre o processo de destinação de resíduos e sobre o plano de atendimento de emergência. Como o prazo para resposta é de 45 dias, ainda está em vigor.