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Atualidades

Falta pouco para o estado do Pará erradicar a mosca-da-carambola de seu território

Não foi detectada presença da mosca em Monte Dourado, distrito do município de Almeirim, último lugar com a presença da praga no Pará

A erradicação da mosca-da-carambola no estado do Pará está cada vez mais perto de se tornar realidade. Em Monte Dourado, fronteira com o Amapá, não houve registro do inseto na última inspeção da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

O resultado positivo aproxima o Pará da erradicação da praga, e ocorre em razão de ações conjuntas da Adepará e Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado do Pará (SFA-PA).

“A detecção da praga durante as ações de monitoramento perduravam na região por pouco mais de sete anos e este resultado favorável indica que as ações conjuntas realizadas pela Adepará e Ministério da Agricultura são eficazes, possibilitando ao estado do Pará vislumbrar o reconhecimento de Área Erradicada da Praga”,  afirma o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.

O auditor federal fiscal agropecuário e chefe do serviço de Fiscalização, Inspeção e Sanidade Vegetal da SFA-PA, Wagner Xavier da Conceição, também destaca a importância do trabalho conjunto. "Trabalhamos nos municípios de Almeirim, Breves e Melgaço desde 2018, a presença da praga vem sendo reduzida desde então em território paraense".

A diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, Lucionila Pimentel disse que a ausência da praga beneficiará diretamente à fruticultura paraense, em especial, à citricultura, uma das mais afetadas pelo problema.

“Por meio do trabalho de monitoramento e combate à mosca-da-carambola conseguimos nosso primeiro zero de captura no Estado do Pará, em Monte Dourado, o que é motivo de alegria, mas não significa que o trabalho diminuirá o ritmo. Ao contrário, agora vamos ampliar e intensificar os trabalhos para mantermos esse resultado e continuarmos protegendo a economia de nosso Estado”, declarou, Lucionila Pimentel.

A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária, com registro de ocorrência nos estados do Amapá, Pará e Roraima, onde, até o presente momento, se encontra sob controle oficial, e está associada a prejuízos que podem causar à produção de frutas hospedeiras e a restrições impostas pelos mercados consumidores, com implicações de medidas de controle e impactos econômicos, políticos, sociais.

O distrito de Monte Dourado é a última área com presença da praga no estado do Pará, e onde as instituições mantêm servidores e equipe de apoio para erradicação da mosca-da-carambola e caracterização do estado do Pará como área erradicada da praga.

PARCERIA

O gerente do Programa de Erradicação da Mosca das Frutas, Adalberto Tavares, observou que o trabalho envolveu a Adepará com a parceria da Superintendência Federal de Agricultura do Amapá, unidade descentralizada diretamente ligada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Mesmo com a pandemia, não houve interrupção no trabalho de detecção, controle e monitoramento da praga. Os frutos desse trabalho, que contou com o apoio da Superintendência Federal de Agricultura do Amapá, estão sendo colhidos agora”, declara Adalberto Tavares.

Ele explica que a parceria com a Superintendência Federal de Agricultura do Amapá foi fundamental pois o órgão contratou uma empresa para realizar o monitoramento e combate da mosca na região do Vale do Jari, fronteira com Monte Dourado.

“Além de combater e monitorar a presença da mosca pelo lado do Amapá. Os técnicos contratados pela Superintendência atuavam também do nosso lado do rio, sob supervisão da Adepará. Esta “não captura” sinaliza que a união de esforços está sendo eficaz e o trabalho está sendo bem feito”, afirma Adalberto Tavares.

COMBATE

Seis dos sete municípios que apresentaram ocorrência da praga estão aptos a mudarem para o status de área erradicada. A mudança é pleiteada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Para que Almeirim conquiste a mudança de status sanitário, no entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido, isso porque a alteração no título só pode ser pleiteada junto ao Ministério da Agricultura após 54 semanas sem ocorrência da praga, tempo equivalente a três ciclos de vida da mosca-da-carambola.

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Agência Pará