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Atualidades

Laticínios comercializados no Estado passam por fiscalização de controle de qualidade

Agência de Defesa Agropecuária do Pará verifica os locais de produção e mantém o registro se obedecidas todas as regras sanitárias

A Kamy é uma das empresas do ramo instaladas no Estado e que recebe apoio e orientações da AdeparáQuem vê tanta variedade de leite e derivados nos refrigeradores e prateleiras dos supermercados não imagina o caminho percorrido por cada produto até estar ali, disponível para a livre escolha dos clientes, seja pelo preço ou marca de preferência. A fiscalização do controle de qualidade possibilitando a chegada de cada um ao mercado consumidor é um dos papéis da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), órgão que constantemente verifica os locais de produção e mantém o registro de cada um, se obedecidas todas as regras sanitárias.

É possível verificar nos rótulos desses itens um selo redondo com o número do registro do estabelecimento, o nome Adepará e a inscrição SIE (Serviço de Inspeção Estadual) ou Produto Artesanal. Esta marca significa que a Agência não apenas concedeu o título de registro de estabelecimento àquele local de produção artesanal ou industrial, mas também que realiza inspeção e fiscalizações para avaliação da qualidade higiênico sanitária dos produtos.

"Dessa forma podemos identificar todos os fatores que podem interferir na qualidade, e para que analisemos se o consumo é realmente seguro ou não para a população" - médica veterinária Adriele Cardoso, que é fiscal estadual agropecuária e responsável pela gerência do SIE.

Essa qualidade vai desde a obtenção da matéria-prima até à forma como o alimento foi produzido, e ainda se o estabelecimento está usando todas as práticas e controles higiênico sanitários, que tem por objetivo garantir a qualidade microbiológica e as características do produto conforme regulamentado na legislação.

"Todo alimento tem que cumprir um regulamento técnico de identidade e qualidade. Se deixa de cumprir, no final, na análise laboratorial, a gente identifica que está fora dos padrões adequados. Não só microbiológicos, mas em outros fatores físico-químicos que podem estar alterados também", detalha Adriele.

Somente um estabelecimento que possui registro no Serviço de Inspeção consegue vender sua produção para supermercados, mercados e atacadões, que só compram de quem possui o selo. O próprio produtor deve buscar o órgão para obter o registro, e após a análise da documentação necessária, uma equipe técnica vai ao local onde o(s) produto(s) é(são) feito(s) para a vistoria. "Nesse momento conferimos se o que está no papel corresponde ao que vemos, se precisa de alguma alteração, melhoria ou adaptação", confirma a gerente. Se o produtor quiser registrar outros novos produtos, deve fazer uma nova solicitação à Adepará, que avalia se o processo de produção proposto e o rótulo estão adequados, e se a estrutura física suporta a demanda.

Marcello Correa de Mattos, proprietário e responsável técnico da Kamy, empresa do ramo de laticínios no mercado há 30 anos, conta que o negócio evoluiu muito com o apoio da Agência nas orientações sobre programas de qualidade e melhorias da fábrica. "Estamos melhorando muito nossa qualidade e assim colocamos produtos que disputam com as melhores marcas nos mercados de Belém. Aguardamos mensalmente os técnicos da Adepará para que sejam feitas as verificações no programa de autocontrole da fábrica e a coleta de amostras para análises. Sempre que somos auditados recebemos as informações das melhorias necessárias para manter o padrão de qualidade", afirma.

Para o produtor, seja artesanal ou industrial, o registro é obrigatório para que possa ter competitividade no mercado. Já para o consumidor, o acesso a um produto com o selo de qualidade da Adepará é uma garantia de que o produto possui controle sanitário.

"Consumir um produto não registrado pode acarretar riscos a saúde, além dos riscos de contaminação durante o processo de recepção, transporte, armazenamento e o preparo deste alimento. O consumidor fica sujeito a contrair uma Doença Transmitida por Alimento (DTA), intoxicações alimentares, por exemplo. O risco maior é a toxinfecção alimentar, que pode levar à morte. E existem outras doenças que são transmitidas dos animais aos seres humanos, as chamadas zoonoses, que também causam uma série de problemas", alerta a veterinária.

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Agência Pará