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Poder

Mesmo enfrentando preconceitos, mulheres avançam na conquista de espaços políticos e provam que são boas gestoras

Se ainda são poucas nas lideranças de governos, elas têm se destacado pela qualidade e eficiência na gestão pública

Desde a conquista do voto feminino em 1927, as mulheres vêm conquistando novos espaços no mundo da política, um território ainda majoritariamente masculino. Mesmo em desvantagem numérica, hoje elas chefiam governos em diversos países e crescem em quantidade nos legislativos de todas as esferas de poder.

Se ainda são poucas nas lideranças de governos, elas têm se destacado pela qualidade e eficiência na gestão pública. Alemanha, Bélgica, Nova Zelândia, Finlândia, Islândia e Dinamarca são todos países governados por mulheres que vêm mostrando uma maneira diferente de fazer política.

No Brasil, a participação da mulher na política, no geral, vem crescendo, embora tenha tido um decréscimo no número de prefeitas eleitas em 2016. No Pará, a desproporcionalidade entre mulheres e homens é abissal, apenas 14,69% de mulheres foram eleitas prefeitas nas últimas eleições municipais.

Nestas eleições de 2020, três mulheres vão disputar prefeituras paraenses importantes na geopolítica estadual: Irismar em Marabá, Joelma em Parauapebas e Maria do Carmo em Santarém.

Irismar (PL) tem 24 anos de vida pública e três mandatos como vereadora. É formada em Pedagogia, tem mestrado em educação e formação em Direito.

Joelma Leite (PL) é Economista, especialista em Gestão Pública e Finanças. Em 2005, implantou a primeira Secretaria Municipal da Mulher do Estado do Pará.

Maria do Carmo (PT) foi promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará e deputada estadual. Também foi prefeita de Santarém por dois mandatos, encerrando o seu segundo período com 82% de aprovação.

Pertencendo a partidos que possuem diferenças programáticas, e inclusive ideológicas, as três pré-candidatas têm em comum o fato de disputarem as eleições num estado onde a mulher é alvo de preconceitos pelo fato de pretenderem ocupar espaços que, para muitos, seria de exclusividade masculina. Concorrem pelo direito de governar suas cidades e contra o machismo ainda presente na cultura política do Pará.