Em mais uma edição do levantamento feito pelo Monitor da Violência, do portal de notícias G1, o Pará aparece como a segunda federação do país que mais reduziu a criminalidade no mês de maio, na contramão da maioria dos Estados brasileiros onde os crimes não apresentaram queda e permaneceram em estabilidade em relação ao mesmo mês de 2019. Em todo o Brasil, maio teve o registro de 3.529 vítimas de crimes envolvendo homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, contra 3.540 em 2019, uma redução de 11 mortes, o que representa uma queda de 0,3%. Apenas oito estados e o Distrito Federal apresentaram diminuição. O estudo foi divulgado na manhã desta quarta-feira (22).
De acordo com o levantamento nacional, de janeiro a maio, foram registradas 19.382 mortes violentas em 2020. No mesmo período no ano passado, foram 18.120; o que totaliza uma alta de 7%. Dezoito estados apresentaram alta de assassinatos nos primeiros cinco meses do ano. O Pará foi o segundo estado que mais reduziu as ocorrências de crimes violentos letais intencionais, apontando uma redução de 23%, ao comparar os cinco primeiros meses do ano de 2019 e 2020.
Para o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), Ualame Machado, o Monitor da Violência reafirma, mais uma vez, que o Estado continua sendo uma dos três unidades que apresenta a maior redução na contramão dos demais estados do Brasil, onde quase todos apresentaram aumento.
“Mais uma vez o levantamento publicou em âmbito nacional o estudo feito dos 5 meses de 2020, de janeiro a maio, e identificou também que em maio houve um aumento no número de crimes violentos letais intencionais, em especial homicídio, em relação a maio do ano passado. Somente oito estados apresentaram queda e o Pará está entre os três que apresentaram a maior queda desse índice de criminalidade", disse Ualame Machado.
"Tudo isso está atribuído a um trabalho integrado entre as forças de segurança pública e também com o sistema penitenciário, forte investimento em equipamentos e capacitação de inteligência das nossas forças policiais e a integração dos sistemas que possibilitam uma melhor investigação, uma melhor resposta, um melhor trabalho pericial, tudo isso visando o combate a criminalidade” - Ualame Machado, titular da Segup.
Pandemia – Durante o mês de maio, o país inteiro conviveu, de maneira acentuada, com a pandemia do novo coronavírus. Ainda com as medidas preventivas adotadas, como a restrição de circulação de pessoas, houve o aumento da criminalidade em diversos estados brasileiros, enquanto que no Pará o número de mortes reduziu.
“Algumas pessoas questionam o fato da redução do Pará estar atrelada à pandemia do Covid-19. A gente lembra que a pandemia é mundial e o estudo do Monitor da Violência mostra que dois terços dos Estados do Brasil apresentaram aumento mesmo estando no período da pandemia. A pandemia não é um fator que vai determinar queda, pelo contrário, em vários estados houve aumento justamente no momento de pandemia, então o resultado do Pará é obviamente atrelado a um resultado das forças de segurança e forte investimento em equipamentos e formação de inteligência”, frisou o secretário.
Investimentos – A Segup vem investindo em tecnologia e inteligência, como a aquisição de novos módulos do sistema guardião, possibilitando a ampliação e modernização dos que já existiam. Existe, ainda, a aquisições que possibilitam capacitar melhor os agentes de segurança pública, além de dar melhor estrutura de trabalho, como lanchas blindadas, veículos blindados, novos tipo de viaturas que serão implementadas estruturalmente a fim de prestar um serviço melhor à população.
Estudo - O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
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Agência Pará
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