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Milícia impõe terror em Zona Oeste do Rio após morte de líder

Ataques coordenados resultam em caos no trânsito, escolas fechadas e a maior destruição de ônibus da história da cidade

Rio de Janeiro (RJ) - A morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, em uma operação policial em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desencadeou uma série de ataques violentos pela milícia local. Os atentados, ocorridos em pelo menos sete bairros, afetaram diretamente uma população de cerca de 1 milhão de pessoas.

Em resposta ao confronto policial, milicianos realizaram ataques a 35 ônibus e um trem. De acordo com a Rio Ônibus, essa onda de violência resultou no maior número de coletivos incendiados na história da cidade carioca. Um vídeo preocupante mostra um indivíduo incendiando um ônibus ainda com passageiros a bordo.

O cenário se agravou com várias estações do BRT na Avenida das Américas, iniciando na Barra da Tijuca, sendo incendiadas. Além disso, veículos particulares e pneus foram incendiados, obstruindo a Avenida Brasil, uma das vias mais importantes do Rio de Janeiro. Com o transporte público paralisado e o caos nas ruas, muitos cidadãos tiveram que retornar para suas casas a pé. A violência também afetou o sistema educacional, suspendendo as aulas para mais de 17 mil estudantes nos bairros atingidos.

O governador Cláudio Castro (PL) elogiou a atuação policial, chamando os atos de "ações terroristas". Castro anunciou a intenção de capturar três líderes criminosos da região: Zinho, Tandera e Abelha, com este último sendo identificado como líder do Comando Vermelho. Até o momento, 12 suspeitos foram presos pela Polícia Militar em conexão com os ataques. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também reforçou que as forças federais serão ampliadas no Rio, buscando restaurar a ordem na cidade.