A Polícia Científica do Pará (PCEPA), por meio dos médicos veterinários e peritos criminais Gabrielle Cardoso e Felipe Sá, do Núcleo de Crimes Ambientais (NCA), foi acionada, nesta última quarta-feira (15), para a realização da perícia sobre a morte de macacos da espécie Saimiri Sciureus, mais conhecido como macaco-de-cheiro, que residem no Bosque Rodrigues Alves, em Belém. A solicitação ao trabalho pericial foi feita pela Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), onde o caso foi registrado.
O trabalho da perícia envolveu, inicialmente, o recolhimento de corpos de animais para exame de necrópsia forense, que foi realizado no Instituto de Medicina veterinária da Universidade Federal do Pará (UFPa), em Castanhal. “Foi realizado exame por meio de necropsia forense com coleta de material para exames toxicológicos”, destacou a perita Gabrielle Cardoso.
A perícia criminal também fez a coleta de amostras de sangue dos macacos que foram capturados com vida pela equipe do Bosque, sendo um que apresentava sinais de fraqueza e outro em bom estado de saúde. “Essas coletas também serão levadas para exames toxicológicos e, a partir dos resultados, serão comparados e poderão ajudar a complementar as informações do laudo”, completou Gabrielle Cardoso.
O trabalho da perícia envolveu ainda a análise de diversas áreas internas do Bosque Rodrigues Alves, onde foram coletadas embalagens de alimentos que seriam supostamente dados por pessoas aos animais, embora a direção do parque oriente a não alimentar os macacos. “Foram recolhidos e também serão analisados durante a perícia”, disse a perita criminal Gabrielle Cardoso.
A solicitação para a realização da perícia criminal no caso foi feita pela Demapa, uma vez que exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas apontaram que as mortes não teriam sido provocados por agentes naturais, como febre amarela ou raiva.
“Como essas possibilidades foram descartadas, a Demapa foi acionada para investigar se essas mortes foram motivadas por ação humana, seja pela doação de alimentos ou mesmo de maneira criminosa. Por isso, o trabalho da perícia criminal será importante a como vamos seguir com a investigação”, concluiu a delegada da Demapa, Adriana Magno.
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Alexandre Cunha | Ag. Pará
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