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Cidades

A importância da 2ª dose para garantir o esquema vacinal contra a Covid-19

A maioria das vacinas contra a Covid-19 exige duas doses para garantir a imunizaçãoA maioria das vacinas contra a Covid-19 exige duas doses para garantir a imunização. Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Governo Federal, precisam das duas doses, em intervalos diferentes, para que o esquema vacinal esteja completo. Porém, muitas pessoas deixam de fazer a segunda dose no dia marcado na carteira de vacinação.

O diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de Belém, Cláudio Salgado, explica que é essencial a segunda dose da vacina contra Covid-19.

“As duas doses da vacina são importantes, porque vai dificultar a ampla transmissão do vírus. Com tantas pessoas com as defesas levantadas contra este agente infeccioso, ele não consegue encontrar os poucos hospedeiros ainda suscetíveis e, com isso, sua circulação vai cair consideravelmente”, afirma Cláudio Salgado.

A imunidade coletiva vai ocorrer quando a maioria das pessoas já estiver imune contra a infecção, provocada pelo novo coronavírus, ou seja, vacinadas com as duas doses da vacina. Estudos científicos apontam que ela é alcançada quando 60% a 70% dos indivíduos tenham desenvolvido anticorpos.

Imunidade coletiva - A população de Belém é estimada em quase 1 milhão e 500 mil pessoas. Cerca de 70% desses indivíduos terão que ter tomado a primeira e a segunda doses do imunizante contra a Covid-19, para que se possa afirmar que há imunidade coletiva. De acordo com o site Belém Vacinada, até este sábado, 14 de agosto, 268.494 pessoas haviam sido vacinadas com as duas doses da vacina no município.

“Enquanto a imunidade coletiva não for alcançada, em Belém, a pandemia segue latente e, por isso, é importante continuar adotando as medidas protetivas contra a Covid-19 (uso de máscara, isolamento social e higienização), para evitar a propagação da doença, o surgimento de novas variantes e picos da pandemia”, reforça Cláudio Salgado.

Vacinados - A agente comunitária Sandra Costa, de 58 anos, já tomou as duas doses da vacina e se sentiu aliviada quando as vacinas chegaram à capital paraense. “Sou do grupo de risco, tenho asma e outras complicações respiratórias. Tomei a primeira e a segunda doses da Coronavac, e tive Covid-19 quase um mês depois, mas de forma leve. Tenho certeza de que a vacina ajudou muito para que eu não desenvolvesse um quadro mais grave da doença”.

Ela também lembra que perdeu familiares, amigos, entre eles profissionais de saúde, e vizinhos, que não tiveram a mesma chance de tomar a tempo a vacina contra Covid-19. “Essa demora para chegada dos imunizantes é angustiante e tira a vida de quem poderia ter tido uma oportunidade com a vacina”.

Mesmo imunizado é preciso manter os cuidados - A vacina não previne a infecção, as pessoas podem ter Covid-19 e adoecerem mesmo vacinadas, porque não houve tempo hábil do organismo responder à vacinação. E, apesar dos estudos apontarem que os imunizados podem ter sintomas mais leves, os casos graves que aparecem entre eles, geralmente, estão relacionados a pacientes idosos, cujas doenças prévias são pioradas com a Covid-19, ou entre doentes crônicos com diabetes, problemas cardíacos ou pulmonares, que têm seus quadros agravados, enquanto a vacina ainda não fez efeito.

Por isso, ainda é extremamente importante manter os cuidados como uso de máscara, distanciamento social e uso de álcool gel.

Grupos com as duas doses completas até o momento - Apenas dois grupos estão com o esquema vacinal completo. O primeiro é o grupo dos idosos, com 201.369 pessoas que já receberam a primeira dose, sendo que 189.859 destes idosos já receberam as duas doses, com 5,72% ausentes na segunda dose.

Em seguida, há os profissionais da saúde, com 68.519 vacinados com a primeira dose e 46.999 com a segunda dose. Falta aplicar a segunda dose em 21.520 (31,41%). Muitos profissionais da saúde estão com a segunda dose agendada para agosto, ou seja, o número final de faltosos neste grupo, a Sesma ainda não pode afirmar.

Segunda chance - Para quem perdeu a segunda dose por algum motivo, ainda dá tempo de ter a proteção garantida contra Covid-19. Só precisa ficar atento aos calendários de repescagem da vacina, que são divulgados pela Prefeitura de Belém, nas redes sociais (Instagram Facebook), no site Belém Vacinada e site da Agência Belém.

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Agência Belém