Comercialização da espécie dourada no Mercado de Ferro do Ver-o--PesoA Secretaria Municipal de Economia (Secon) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo socioeconômico (Dieese-PA), identificaram nova elevação no preço do pescado comercializado nas feiras e mercados municipais de Belém. O estudo dos agentes identificadores de preço na capital foi apresentado nesta quarta-feira, 10.
O balanço realizado pela Secon e o Dieese/PA, realizado entre os meses de janeiro e fevereiro de 2021, revelou alta de preços na grande maioria do pescado pesquisado, com reajustes acima da inflação calculada para o mesmo período, estimado em torno de 10%. “Este é o segundo mês consecutivo que o preço do peixe voltou a subir e a tendência é de que, pelo menos até a Semana Santa, ocorrerão novas altas na comercialização do produto em todo o estado do Pará”, destaca o supervisor técnico do Dieese no Pará, Roberto Sena.
Os maiores reajustes no mês de fevereiro de 2021, segundo Secon e Dieese/PA ocorreram nos preços dos seguintes tipos de pescados: Dourada com alta de 20,88%, seguido do Cação 20,19%; Piramutaba 20,12%; Aracu 19,92%; Tucunaré 18,05%; Pescada Amarela 17,88%; Gurijuba 16,79%; Filhote 16,36% e Pescada Gó com alta de 15,93%.
Já as pesquisas de comportamento do preço do pescado comercializado nos mercados municipais de Belém nos últimos 12 meses, mostrou também que a grande maioria apresentou alta de preços, com reajustes bem superiores à inflação, calculada para o mesmo período em 5,50%.
De fevereiro de 2020 a fevereiro 2021, os maiores aumentos de preços verificados pela Secon e Dieese/PA foram: Dourada com alta acumulada de 73,14%, seguida da Gurijuba 46,58%; Cação 42,05%; Tamuatá 38,79%; Xaréu 33,81%; Piramutaba 31,16%; Pescada Amarela 29,48%; Filhote 28,64%; Pescada Gó 27,43%; Tambaqui 26,50%. As únicas espécies de pescado que tiveram baixas neste período foram o Cachorro do Padre, com baixa de -14,14% e o Pirarucu, com -8,32%.
Semana Santa - Para evitar especulação no preço do peixe e garantir o abastecimento do produto na capital, o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro, informou que a Prefeitura de Belém está analisando a possibilidade de promulgar o decreto municipal restringindo a exportação de pescado do município de Belém durante às proximidades da Semana Santa. “Pela proposta, o cadastramento dos interessados em realizar o transporte do peixe que chega aos portos de Belém, principalmente ao mercado Ver-o-Peso, para outras localidades, só poderá ser feito se autorizado pela Secon, que emitirá aos compradores a Guia de Transporte de Pescado (GTP) ”, explica Apolônio.
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