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Economia

Proibição do uso de sacolas plásticas motiva produção de ecobags por artesões e pequenos empreendedores

Seaster tem orientado os produtores, para a garantia de renda, sem perder o foco da sustentabilidade

Desde o dia 18 de fevereiro está em vigor em todo o estado do Pará a Lei 8.902/19, que proíbe as redes de supermercados de usarem e distribuírem sacolas plásticas descartáveis. Com isso, a procura por sacolas biodegradáveis, as ecobags, tem aumentado cotidianamente, contribuindo de maneira significativa para uma maior produção de artesãos e pequenos produtores manuais. Diante da demanda, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), por meio da Coordenação de Empreendedorismo e Economia Solidária (Cees), tem acompanhado e orientado a produção de ecobags que são confeccionadas por pequenos empreendedores paraenses.

Sacolas feitas com material de garrafas pets produzidas pelo artesão José NegrãoEm Maraparim, no nordeste paraense, José Negrão, de 72 anos, exerce o ofício de artesão há 48 anos. Com um portfólio extenso de materiais produzidos, que vão desde instrumentos a base de couro, luminárias e até estátuas de madeira, ele pretende entrar no mercado das ecobags.

“Eu ainda não comecei a comercializar nenhuma ecobag. Eu confeccionei algumas para o meu uso pessoal e estou circulando com elas pela cidade para despertar o interesse das pessoas. A partir de agora, quero começar a vender. As minhas sacolas são feitas a partir de garrafas pets e estou pensando em colocar rodinhas para facilitar as compras dos clientes. Entrei em contato com a Seaster e estou recebendo todas as orientações necessárias”, diz.

Já Doranildes Costa, de 52 anos, é moradora do bairro de Águas Lindas, na região metropolitana de Belém. Ela produz e comercializa sacolas biodegradáveis há 10 anos. “Eu trabalho com artesanato há 18 anos e há 10 produzo sacolas de algodão. Nelas eu faço pinturas a mão, adiciono tecidos estampados e tem os modelos que são aveludados”, conta.

Bolsas de algodão cru produzidas e comercializadas por Doranildes Costa, de 52 anosDora, como é popularmente conhecida, disse que a sua produção aumentou significativamente desde que a Lei entrou em vigor no Estado. “Com a chegada da pandemia, muitos artesãos começaram a passar dificuldades, mas com essa Lei as minhas encomendas cresceram 100%. A comercialização dessas sacolas está ajudando a minha renda aumentar”, completa.

A Seaster realiza um trabalho de orientação voltado para a garantia de renda de diversos empreendimentos e coletivos da economia solidária sem perder o foco da sustentabilidade. 

“Estamos atendendo uma diversidade de empreendedores. Eles vão se reinventando conforme o mercado e o nosso foco é fomentar a geração de renda de homens e mulheres, orientando a precificação e a comercialização dessas sacolas. A Lei veio para impulsionar cada vez mais a produção desse segmento e, com esse olhar voltado para o meio ambiente, esses empreendedores conseguem aplicar a sustentabilidade”, pontua a coordenadora de Empreendedorismo e Economia Solidária da Seaster, Silvia Reis.

“É necessário que essas sacolas biodegradáveis tenham qualidade e durabilidade para o melhor custo-benefício da população. Estamos prestando todas as orientações para que esses empreendimentos comecem a ter uma nova visão de produção. As sacolas devem estar preparadas para atender as diferentes necessidades dos clientes”, explica a coordenadora.

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Agência Pará