O consumidor pode procurar a Ceasa em busca das melhores ofertas de legumes, frutas e verdurasRetirar a carne do cardápio pelo menos uma vez na semana pode trazer benefícios à saúde e ao meio ambiente. É o que defende o movimento “Segunda Sem Carne”, que vem conquistando adeptos em mais de 40 países, incluindo o Brasil, desde 2009. Em Belém, as Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa) podem ser aliadas da campanha, com a oferta acessível de legumes e frutas.
A empreendedora Bianca Ferreira está há sete meses sem ingerir carne vermelha. “Durante a semana o meu consumo fica mais com os vegetais; a carne branca mais durante os finais de semanas. Hoje troco a proteína animal por diversos tipos de vegetais: abobrinha, cenoura, berinjela, batatas, e aumentei meu consumo de legumes”, conta Bianca.
Ela pretende aderir ao ovolactovegetarianismo (que inclui a ingestão de ovo e leite, além dos vegetais). “Antes de decidir reduzir o meu consumo de proteína animal, durante três anos eu buscava cortar meu consumo de proteína animal pelo menos por um mês. Mas no ano passado, após fazer minha primeira refeição de carne vermelha eu passei muito mal. Acredito que a parte mais difícil por optar cortar o consumo de proteína animal é quando precisamos nos alimentar nas ruas de Belém. Não temos tantas opções de restaurantes com pratos vegetarianos”, contata a empreendedora.
Diversificar - “Uma alimentação balanceada e equilibrada é essencial para o funcionamento do organismo, que precisa de uma variedade de macronutrientes (proteínas, lipídios, carboidratos) e micronutrientes (vitaminas e minerais diversos). Quanto mais diversificada for a alimentação, e mais variedade de nutrientes for consumida, mais saudável será o organismo e mais benefícios ele terá”, orienta Thais Granado, nutricionista da Coordenação Estadual de Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
De acordo com a profissional, a escolha sobre o consumo de carnes é uma questão pessoal. “É possível substituir as proteínas de origem animal por fontes de proteína de origem vegetal. Para que tenha acesso aos nutrientes de forma adequada é necessário fazer o balanceamento. Por exemplo, o arroz e o feijão se completam, mas eles sozinhos não têm o mesmo potencial nutritivo do que a composição de um prato. É possível ter uma vida saudável tendo um consumo de uma dieta vegetariana ou ovolactovegetariana. Mas também é possível ter uma vida saudável tendo o consumo de uma alimentação regular incluindo as carnes. Tudo vai depender desse balanceamento, desse equilíbrio”, ressalta.
Proteção ambiental - Além da saúde, o movimento “Segunda Sem Carne” também leva em conta os impactos ambientais. “Os alimentos de origem vegetal, frutas e verduras, têm um menor impacto no meio ambiente do que os vão dar origem às carnes, que precisam de uma área maior de cultivo para a criação e acabam tendo um impacto maior. Então, fazer essa redução e tirar um dia na semana para não consumir carne vermelha - se a alimentação for variada e balanceada - não causa nenhum prejuízo e pode contribuir na questão do meio ambiente”, acrescenta Thais Granado.
A nutricionista frisa ainda as características da região, com variedade de produtos. “Em geral, quando se busca no período da safra, eles têm um custo menor e maior potencial nutritivo. É no período da safra que os nutrientes estão em maior quantidade nos produtos. Devemos valorizar a nossa cultura. É importante transmitir isso para as outras gerações”, afirma a profissional.
Oferta e preços - Presidente da Ceasa, José Scaff Filho afirma que a população pode contar com a variedade de produtos a preços acessíveis. “Nossa Ceasa possui um cardápio vasto, com opções variadas que formam uma cadeia de alimentação saudável. Nós recebemos produtos de diversos municípios. A Ceasa tem hortifrutigranjeiros que são a base da nossa alimentação. Convém esclarecer que o nosso funcionamento é das 22 às 10 h da manhã, e nós podemos garantir as variedades de cores e sabores para que todos venhamos a ter uma farta qualidade de alimentos que cabe no bolso”, garante José Scaff Filho.
A novidade é às sextas-feiras. O consumidor da Região Metropolitana de Belém pode aproveitar as compras no varejo a partir das 22 h. “É uma espécie de varejão mesmo, para agradar a nossa população. Nós fazemos isso com muita satisfação”, ressalta o presidente da Ceasa, localizada na Estrada da Ceasa, KM-04, no Bairro do Curió, na capital paraense.
Para quem quer reduzir o consumo de proteína animal, mesmo uma vez na semana, em alguma refeição ou em todas as refeições do dia, a sugestão da nutricionista é fazer receitas fáceis e saborosas, a partir de alimentos de origem vegetal, como ovos, leite e derivados, para enriquecer o valor nutricional.
Hambúrguer de grão de bico
Ingredientes
2 xícaras de grão de bico (deixar de molho por 8 horas)
½ xícara de farelo de aveia
3 colheres de arroz cozido
5 colheres de azeite
½ cebola
Salsa, cebolinha e cheiro-verde a gosto
Sal a gosto
Pimenta cominho a gosto
(Pode acrescentar 1 ovo para dar liga)
Modo de preparo
Processar no mixer ou liquidificador o grão de bico por 3 minutos e ir adicionando os demais ingredientes. Conforme vai adicionando, bater por mais 20 segundos. Após isso, fazer bolinhas (se quiser almôndegas) ou bolinhos no formato de hambúrguer. Pode passar ou não na farinha de rosca ou panko, e levar ao congelador por 10 minutos. Após isso, pode assar ou grelhar.
Rendimento: 10 unidades
Quibe de abóbora
Ingredientes
250 g de farinha para quibe
250 g de abóbora paulista ou japonesa
1 cebola média picada
Salsa, cebolinha e cheiro-verde picados a gosto
Hortelã picado a gosto
Sal a gosto
Pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo
Hidratar a farinha de quibe com água morna com sal e noz-moscada o suficiente para cobrir a farinha, por 30 minutos.
Cozinhar a abóbora picada em cubos pequenos na água e sal até que ela esteja bem mole; amasse com um garfo até obter um purê.
Escorrer a água da farinha de quibe e misture bem com o purê de abóbora.
Adicionar os temperos, misturando sempre.
Untar um refratário com óleo de coco, colocar a massa e levar para assar em forno médio (180° C), até que o quibe esteja com uma casquinha crocante sobre ele (aproximadamente 30 minutos).
Rechear o quibe com queijo ou legumes, basta colocar metade da massa no refratário, o recheio e o restante da massa e assar.
Rendimento: 16 porções
As receitas podem ser utilizadas no almoço ou jantar. Para acompanhá-las, uma salada crua (hortaliças variadas, sementes, castanhas com azeite de oliva e tempero a gosto), arroz colorido, feijão com legumes ou outro alimento de sua preferência.
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Agência Pará
16/10/2024 | 12:05
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