Avançam as obras das Estações de Tratamento de Esgoto em Belém

Obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Benguí, em Belém, garante atendimento para cerca de 32 mil habitantesAs obras da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) do Benguí e do Una, em Belém, estão avançadas. Retomadas em novembro de 2019, após cerca de cinco anos paralisadas, as obras de saneamento básico da primeira fase na ETE Una seguem em pleno andamento. A ETE Benguí, prevista para ser entregue até o final de 2020, já está em fase de ajustes finais.

“Todo tratamento de esgoto impacta diretamente na vida da população, porque ele retira as pessoas de uma expectativa de doenças de veiculação hídrica e também conserva o meio ambiente”, explica Flávia Farias, engenheira sanitarista da Cosanpa. Um tratamento de qualidade retira do efluente tratado na ETE, condições de contaminação, como sabão, restos de óleo, material de sólido grosseiro, que impactam diretamente na vida aquática e na vida da população.

A ETE Benguí tem capacidade de vazão para tratar 75 litros de esgoto por segundo e saiu de 2 para 4 unidades com tratamento modernoETE BENGUÍ

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro do Benguí, está sendo ampliada, revitalizada e vai atender uma população de aproximadamente 32 mil habitantes com capacidade de vazão para tratar 75 litros de esgoto por segundo. A Estação contava com duas células, agora, é composta por quatro unidades e possui tratamento preliminar modernizado.

Segundo a engenheira sanitarista, além do sistema de grade, que compõe o processo clássico de tratamento, a unidade também possui um sistema automatizado com uma peneira rotativa. O resíduo gerado é despejado em um contêiner adequado para ser enviado ao seu destino final.

“A ETE Benguí possui fluxo completo, tratamos aqui os dois subprodutos do tratamento de esgoto, que são o lodo e o gás. O gás é filtrado e queimado e o lodo é desaguado, centrifugado e segue para o seu destino final que é o aterro sanitário”, explica Flávia Farias. O investimento da obra, que está em fase de ajustes finais, é de 11,9 milhões. A entrega está prevista para o final de 2020.

Estação de Tratamento de Esgoto Una atenderá cerca de 90 mil habitantes com capacidade de vazão para 475 l de esgoto por segundoETE UNA

Paralisadas há cinco anos, as obras foram retomadas pela nova gestão da Cosanpa em novembro de 2019. A primeira etapa da Estação de Tratamento de Esgoto Una é uma obra de fundamental importância para a capital, por atender uma população de cerca de 90 mil habitantes com capacidade de vazão para tratar 475 litros de esgoto por segundo.

Serão implantadas unidades de tratamento preliminar com gradeamento, peneira e caixa de areia; reator anaeróbio UASB – da sigla em inglês Ufplow Anaerobic Sludge Blanket, tecnologia utilizada para tratamento biológico de esgoto para decomposição anaeróbia da matéria orgânica; câmaras para tratamento físico-químico e desinfecção do efluente. Está prevista a implantação de outro reator futuramente, na segunda etapa, para ampliar a Estação e atender à vazão final da unidade.

Segundo Magali Pinheiro, engenheira sanitarista da Cosanpa, os reatores da Estação já foram ajustados e tiveram as suas estruturas revisadas. “Estamos trabalhando na construção das vigas, que são pré-moldadas, e serão inseridas no interior da área do reator. O projeto está sendo revisado e readequado, especialmente no campo hidromecânico, assim como na revisão do tratamento preliminar e fisíco-químico”.

Estão sendo investidos cerca de R$ 84 milhões no empreendimento que realizará o devido tratamento sanitário de esgotos das áreas centrais de Belém. “Com esse investimento, Belém vai passar a, efetivamente, tratar o esgoto e não apenas de forma bruta, mas de forma adequada, com mecanismos que garantam maior qualidade ao conteúdo despejado no rio”, informa Magali Pinheiro. Por conta da pandemia da Covid-19, o cronograma da obra foi reajustado e prevê a entrega final para o primeiro semestre de 2022.

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^{Agência Pará}