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Cidades

Castração de cães e gatos continua na Escola Bosque, na ilha de Outeiro, também neste domingo, 6

Estudos científicos comprovam que, mesmo após a esterilização, o animal continua sendo o mesmo, e mudanças físicas e comportamentais são fatores que não estão ligados à castração.

“Castração é benefício. É para o bem-estar dos animais e da sociedade. É a prevenção do câncer animal e doenças transmissíveis de tumor venéreo. É tudo de bom”, destacou Valéria Araújo, coordenadora do Bloco Cirúrgico do Centro de Controle de Zoonozes na ação Castração de Cães e Gatos, realizada na Fundação Escola Bosque, no distrito de Outeiro.

A campanha é uma realização Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Neste domingo, 6 de novembro, a ação continua na Escola Bosque, das 8h às 12h e das 14h às 16h.

No mês de outubro, foram realizados 306 procedimentos cirúrgicos de esterilização gratuita no distrito de Outeiro, visando o controle populacional dos animais domésticos.

Os procedimentos cirúrgicos são feitos no Castramóvel, ônibus adaptado para os serviços com duas mesas de cirurgia, médicas veterinárias (Valéria Araújo e Márcia Brelaz), instrumental cirúrgico e medicação trazida do Centro de Controle de Zoonoses, referência municipal no atendimento de animais, localizado na rodovia Augusto Montenegro. 

“É importante para a saúde dos animais e para a nossa saúde. A castração é a demonstração de atenção e carinho com animais abandonados que resgatamos das ruas e livramos dos maus-tratos e extermínios”, relata Ana Santos, cuidadora de idosos e cuidadora de animais.

Ela lembra que encontrou a cadela Branquinha muita magra, fraca e ferida pelas ruas do distrito. Neste sábado, Ana levou para a castração a cadela Branquinha e os cachorros Totó e Pixote.   

O processo de esterilização inicia com avaliação clínica e identificação da leishmaniose (doença causada por parasitas) na coleta de sangue. Logo depois, segue a aplicação de anestesia e o procedimento cirúrgico.

Em cães e cadelas, a ação ocorre em 20 minutos. Nos felinos, o processo é mais rápido. Ao final, os tutores dos animais recebem a receita médica (que indicam analgésicos e antibióticos) e recomendações de roupa cirúrgica por dez dias para evitar infecções e óbitos por descuidos pós-operatórios.    

Anete Conceição, dona de casa e promotora de vendas, possui 17 gatos (4 machos e 13 fêmeas) e 3 cachorros, muitos deles resgatados das ruas. Neste sábado, encaminhou 5 felinos para a castração, entre eles a gatinha Moana.

“Trago para a castração, porque sei o quanto é triste gatos deixados à sorte e se reproduzindo muito rápido pela cidade. Amo os gatos, trazem energia boa para a casa, são carinhosos e só faltam falar com a gente”.

Estudos científicos comprovam que o animal continua sendo o mesmo após a castração

A política de castração de animais domésticos ainda encontra resistências por falta de informação e a disseminação de notícias falsas que alimentam mitos sobre a esterilização, inclusive entre tutores que negam a ciência.

Falsas notícias propagam que, depois de castrado, o animal supostamente perderia sua energia, ficaria triste e perderia a vitalidade e potência sexual (no caso dos animais masculinos). Estudos científicos comprovam que o animal continua sendo o mesmo, e mudanças físicas e comportamentais são fatores que não estão ligados à castração. 

O cadastramento prévio é realizado no Centro de Controle de Zoonoses, que registra mais de 400 tutores cadastrados no distrito de Outeiro e garante o procedimento para no máximo 5 animais em cada campanha.

O cadastro requer a inscrição no Número de Identificação Social (NIS), comprovante de renda de até dois salários mínimos, identidade, CPF e comprovante de residência. 

Nos dias 26 e 27 de novembro, a campanha Castração de Cães e Gatos será realizada no distrito de Mosqueiro.  

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Ag. Belém