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Varíola dos macacos: prefeitura de Belém monitora situação epidemiológica

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), integra a Sala de Situação sobre a varíola dos macacos (Monkeypox) composta pelos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Belém e Ananindeua, na região metropolitana, Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) e pelo Instituto Evandro Chagas.

A sala reúne os integrantes diariamente para discutir atualizações de dados, estratégias e ação conjunta entre os municípios e órgãos competentes. Todos os casos sugestivos são avaliados conjuntamente com os órgãos responsáveis e especialistas.

Trata-se de um instrumento usado para discutir medidas de controle e prevenção no surgimento de casos. São reuniões diárias, em que os técnicos discutem protocolos e atualizações científicas.

Reforço

O processo de enquadramento como caso suspeito, notificado e confirmado, é complexo e se baseia em avaliação clínica, critérios epidemiológicos e diagnóstico laboratorial diferencial. A população de Belém será informada imediatamente, assim que houver mudança no cenário epidemiológico da cidade.

Com a confirmação nesta segunda-feira, 2, pela Sespa, do primeiro caso da doença no Estado, a Sesma reforçou as ações de vigilância. Apesar de o paciente ter sido notificado, oficialmente, no município de Ananindeua, ele mora em Belém, onde segue em isolamento e no processo de cura.

Critérios

“Estamos acompanhando o caso. Vamos manter a população sempre informada sobre o cenário epidemiológico da doença em Belém. Os casos que, porventura, aparecerem seguem em sigilo para não causar alarde e para manter a privacidade das pessoas”, explica o diretor de Vigilância à Saúde da Sesma, Adriano Furtado.

O diretor diz ainda, que nem todos os casos investigados atendem aos critérios de casos suspeitos. “Alguns são alergias, picadas de inseto, foliculite, doenças autoimunes e outras infecções virais. Para um caso ser considerado suspeito, ele deve obedecer a critérios como manifestações cutâneas, viagens a locais com casos confirmados e contato físico com alguém que teve diagnóstico positivo”, reforça.

Após um caso ser considerado suspeito, a suspeição é notificada e, a partir daí, são feitos o diagnóstico diferencial – haja vista que as lesões se confundem com outras doenças – e a contraprova. “A doença tem autocura. O paciente tende a evoluir para a cura, exceto aqueles que têm o sistema imunológico muito debilitado”, ressalva o diretor.

Prevenção

A Sesma lembra que, enquanto não há uma vacina disponível no Brasil, a melhor forma de combater a doença é adotar hábitos de prevenção. E não há motivo para alarde. “Essa é uma variante muito menos letal que a varíola humana. A população deve se tranquilizar. Os órgãos de saúde estão monitorando os casos e, se houver necessidade de internação, estamos prontos para atender”, assevera o diretor.

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus Monkeypox, que pertence à mesma família da varíola humana, porém, menos letal. A doença não faz distinção de pessoas. Todos estão suscetíveis à contaminação, se expostos às formas de transmissão do vírus.

Sintomas

A transmissão do vírus ocorre principalmente por: contato com lesões de pele ou fluídos corporais (gotículas respiratórias expelidas no ato de falar, tossir ou espirrar); e compartilhamento de objetos pessoais (como talheres, roupas de cama e banho, lâminas de depilação e outros).

Os sintomas podem ser leves ou graves e se caracterizam por febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão e surgimento de pequenos caroços – semelhantes aos da catapora e da sífilis –, que formam uma crosta e depois caem. As lesões podem ser dolorosas e causar coceira.

A prevenção contra a varíola dos macacos pode ser feita reduzindo o contato com pessoas contaminadas ou que tenham tido contato direto com casos confirmados. Além disso, é importante manter a higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel e preferir usar máscara, especialmente em locais fechados.

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Luiz Carlos Santos | Ag. Belém