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Abertura do X Fórum Social Pan-Amazônico é marcada pela luta e resistência do povo amazônida

A luta e a resistência do povos que compõem a Amazônia foram as grandes marcas da abertura do X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa)

A luta e a resistência do povos que compõem a Amazônia foram as grandes marcas da abertura do X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa) no início da noite desta quinta-feira, 28.

O início do X Fospa, que pela terceira vez é realizado em Belém, contou com uma grande caminhada que saiu pela Escadinha do Cais do Porto, passou pelas avenidas Presidente Vargas e Assis de Vasconcelos e finalizou na praça Waldemar Henrique.

Os movimentos sociais, povos originários da Amazônia, como indígenas e quilombolas, e a população em geral encheram as ruas de Belém em defesa da Amazônia.

Participante do movimento que leva educação ao bairro da Terra Firme, Mary Lobato, de 44 anos, destacou a visibilidade que o Fospa pode dar às lutas dos movimentos. 

"Fazemos parte de curso popular do Terra Firme, aqui estão professores e monitores do espaço. A importância de Belém receber esse grande evento é a possibilidade de dar visibilidade às nossas lutas, aos movimentos e toda a Amazônia", definiu Mary.

Abertura - O ato de abertura do Fospa foi realizado na Concha Acústica da praça Waldemar Henrique, onde os representantes dos nove países que compõem a pan Amazônia discursaram  em favor da região. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, destacou a luta e a resistência do povo amazônida e entregou, simbolicamente, a chave da cidade aos participantes do Fospa.

"Foi uma honra muito grande estar junto com lideranças do mundo inteiro, isso marcou muito a minha história. É uma honra de 20 anos depois receber o privilégio de dar boas vindas a vocês. Aqui tem gente de todos os lugares do Pará, de todos os lugares da Amazônia brasileira e têm pessoas de todos os países da Amazônia Internacional", informou o prefeito Edmilson Rodrigues.

Cidade da resistência

Ele disse também, que é uma felicidade que Belém seja a capital amazônica da resistência, dos sonhos e da luta por um futuro socialmente justo, com respeito à natureza e democrática.

Mais de nove países da Pan-Amazônia participam do Fospa, entre eles, Brasil, Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. 

Representante do Movimento 27 de Outubro, da cidade Puerto Ayacucho, na Venezuela, Jarvas Ruiz, de 31 anos, destacou a importância da unificação dos países que compõem a Pan-Amazônia.

"É muito importante estar em Belém junto com todos os povos da Amazônia para lutarmos de forma unida por ela. Importante formamos essa união entre todos os países da América Latina", comentou.

O reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, destacou que é uma honra a instituição receber a maioria da programação do Fospa.

"A universidade está honrada em receber as pessoas que lutam pela Amazônia. A defesa da região é dos movimentos sociais e também da academia. Temos que nos aliar sempre, ter compromisso com a democracia", destacou.

Serviço - O Fospa é realizado em Belém entre os dias 28 e 31 de julho, no Campus Guamá, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

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Victor Miranda | Ag. Belém