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Instaladas em vários municípios paraenses, câmeras de reconhecimento retiram criminosos de circulação

Equipamentos estão em funcionamento desde o mês de julho e estão instalados em pontos estratégicos das vias. As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro ou Núcleos Integrado de Operações (CIOp ou NIOp)

A tecnologia de reconhecimento de placas veiculares - utilizada mundialmente - já está presente em diversos municípios do Pará e se somam ao trabalho policial para combater a violência em todo o Estado. Trata-se do sistema IRIS (Integração de Registros para Identificação de Suspeitos) que, por meio de câmeras de videomonitoramento, faz a leitura e análise da identificação de veículos automotores. Ao todo, no Pará, sete das 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs) já possuem a tecnologia que, em pouco tempo de uso, já demonstra resultados positivos. 

As câmeras estão em funcionamento desde o mês de julho e estão instaladas em pontos estratégicos das vias. As imagens são transmitidas em tempo real para o Centro ou Núcleos Integrado de Operações (CIOp ou NIOp) ou ainda para as Centrais de Atendimento e Despachos (CADs) implantados no estado.

O secretário de segurança pública do Pará, Ualame Machado, destaca a aplicação do uso da inteligência na segurança pública pela atual gestão. “Nós estamos trabalhando desde o início da gestão com as inovações que existem no mercado. A gente sabe que os recursos humanos são finitos e a gente precisa trabalhar com inteligência artificial para que possamos prestar um melhor serviço à sociedade. Em razão disso, nós estamos trabalhando com várias novas tecnologias, seja no interior do Estado como também aqui na Região Metropolitana, para que a gente possa utilizar a inteligência artificial a nosso favor”, pontuou o titular da pasta.

De forma automática, o sistema faz a leitura individual da placa. As informações são cruzadas junto ao sistema nacional Córtex, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que identifica irregularidades administrativas e criminais do veículo e/ou da pessoa que possui vínculo junto ao automóvel como, por exemplo, tráfico de drogas ou ausência de pagamento de pensão alimentícia. Após o alerta informado, o operador da câmera repassa a informação para que a viatura mais próxima seja acionada para averiguação.

Ocorrências

No município de Breves, logo após a tecnologia ser instalada, três veículos foram recuperados pela polícia local. Em Santarém, em apenas dez dias, quatro mandados de prisão que estavam em aberto foram cumpridos com êxito com o auxílio do sistema IRIS. Um foragido da justiça foi capturado, uma pessoa foi presa por tráfico de drogas e furto qualificado, uma terceira pessoa foi presa por tráfico internacional de drogas e a última por roubo qualificado com emprego de arma de fogo. 

Os benefícios da utilização da tecnologia e a integração com a segurança pública são diversos, explica o Capitão Marcelo Vasconcelos, gerente do NIOp, em Santarém. “A vantagem é facilitar e aperfeiçoar o serviço de rua, dar um suporte técnico para as nossas viaturas que estão fazendo o policiamento, seja da Polícia Militar, da Polícia Civil, de todos os órgãos que operam dentro do Sistema Integrado de Segurança Pública”, avaliou.

Atualmente, o banco de dados já possui integração com o sistema nacional Córtex, do Ministério da Justiça, em que não só as câmeras do sistema de segurança pública do Estado, mas também as câmeras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), câmeras de órgãos federais, até municipais podem ser agregadas, possibilitando o cruzamento dos dados para se obter uma definição precisa daquilo que se procura.

Para o futuro, os 3I’s da segurança pública: Investimento, Integração e Inteligência serão expandidos, sendo possível ainda nesse semestre. Haverá a implantação do reconhecimento facial e a entrega do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para ser utilizado em grandes eventos como eleições, Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e Círio de Nazaré. O Centro terá diversos espaços, como salas de situação e reunião, além de um vídeo wall com 16 monitores, para dar maior amplitude e exatidão ao trabalho de videomonitoramento.  

“Nós estamos implementando o reconhecimento facial, que também possibilitará que possamos capturar foragidos e prender procurados pela justiça, o que permitirá que possamos dar uma resposta para a sociedade. A ideia é que a gente consiga implementar, cada vez mais, essas novas tecnologias que estão sendo utilizadas mundialmente, analisando cada uma delas e adaptando a nossa realidade”, finalizou Ualame Machado.

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Agência Pará